“E SE EU NÃO QUISER UM CARGO DE LIDERANÇA, COMO EU SEREI AVALIADO?”
Trazer resultados e ser um profissional-chave parece não ser o suficiente para algumas empresas, o importante é ter um cargo de liderança. Mas, e quando o profissional não quer necessariamente um cargo de gestão na empresa, será que existem empresas que valorizam essa opção de carreira? Entenda os motivos pelos quais alguns profissionais não se sentem motivados a assumir um cargo de liderança e veja o que fazer se essa é a sua dúvida de carreira.
Indicativo de uma carreira de sucesso, alçar cargos de liderança, em um curto espaço de tempo, tem sido uma busca incessante para a maioria dos profissionais do mercado. Mas será que esse desejo é compartilhado por todos? Algumas pesquisas dizem que a história está mudando.
Pesquisa realizada pela revista Harvard Business Review, em diferentes setores da economia dos Estados Unidos, mostrou que apenas 34% das pessoas entrevistadas buscavam por cargo de liderança, e somente 7% desejavam se tornar C-level. Outro estudo, elaborado pelo INPER, em parceria com a consultoria Robert Half, as conclusões foram bem semelhantes, identificando um grande número de pessoas que não desejam seguir no Pipeline de liderança.
Questão que revela um novo cenário profissional, os motivos pelos quais um profissional não pretende seguir o caminho executivo podem ser diversos, mas mesmo dentro do seu caráter de subjetividade, é possível delinear alguns fatores que são comuns a essa parcela de trabalhadores. Vejam os argumentos mais usados:
1) Equilíbrio vida pessoal e profissional
Ganhando em disparado, viver a vida com equilíbrio pessoal e profissional é o maior desejo dos profissionais do mercado, sendo que, para essa parcela de pessoas, que não pleiteiam necessariamente um cargo de liderança, o desejo de moderação na balança é o balizador da carreira. Pesquisa neste sentido demonstrou que 81% dos brasileiros buscam satisfazer-se em ambos os aspectos, e em alguns casos, assumir um cargo de alta liderança pode vir a ser um grande impedimento desse sonho.
2) Salário e prestígio não são compatíveis com a responsabilidade
Quase uma unanimidade, o aumento de salário e prestígio dentro da companhia ainda são os maiores motivadores para aqueles que querer acender na carreira, no entanto, a depender da área em debate, o aumento significativo de responsabilidades não é compatível com a contraproposta financeira ofertada. A sensação de que o trabalho não está sendo bem remunerado é mais um fator que leva bons profissionais a reflexão, especialmente se as previsões de elevação salarial for algo incerto.
3) Alta exposição de sua atividade (evidência)
Enquanto alguns buscam os holofotes, outros funcionam bem melhor nos bastidores. A exposição de profissionais com altos cargos pode ser um risco para alguns profissionais. Imagine a proporção que uma medida equivocada pode gerar na vida de um C-level, dos seus subordinados, clientes da empresa e steakholders. Para alguns o prestígio e as vantagens que o cargo fornece não são suficientes para cobrir os riscos que destaque pode causar em suas vidas.
4) Opção por menos pressão
Viver bem sob pressão é para os fortes. Não é possível passar pela vida profissional sem ser submetido a pressão, faz parte do jogo, mas sem dúvida, é possível dosar a medida em que se quer ver exposto. Se para alguns trabalhar em um ambiente extremamente competitivo pela busca de resultados é motivador, para outros, esse é o verdadeiro cenário de terror.
5) Não tem afinidade com gestão de pessoas
Muitas pessoas não enxergam esse item como um problema, mas tenha certeza que a falta de habilidade para lidar com pessoas é um dos maiores problemas que um profissional pode enfrentar ao iniciar a carreira de gestor. Deixar de ser chefe de si mesmo e passar a ser chefe de pessoas pode ser mais complexo que parece, e por vezes é subestimado pelos recrutadores e líderes mais experientes. E o que fazer se você não tem apreço por desenvolver, treinar, detectar talentos, desafiar, comunicar... enfim, relacionar-se com as pessoas?
Se houve identificação com um ou mais motivos elencados, então você não está sozinho, excelentes profissionais compartilham com a sua visão.
Contudo, a maior preocupação dos que estão com esse dilema é ser mal avaliado dentro da empresa, ser rotulado como “sem ambição”, ou que “não veste a camisa” no trabalho.
Os tempos mudaram, ao mesmo tempo que vivemos uma era onde os empregos estão sob ameaça da inteligência artificial, vivemos possibilidades múltiplas de desenvolvimento de carreira. As unanimidades foram exterminadas, valendo mais o que você entrega, e não o cargo que ocupa, e as empresas sabem disso.
Uma das dicas mais valiosas para quem se encontra nessa situação é, certamente, o autoconhecimento. Ninguém sabe mais da sua vida que você, por isso cada dia mais existe a máxima: a carreira é sua responsabilidade e não da empresa. Saber quais são os valores, interesses, necessidades, talentos, âncoras de carreira, pontos vulneráveis alçam o profissional em outro patamar de segurança, especialmente quando estiver diante de uma grande decisão profissional.
Buscar por ajuda profissional também é sempre bem vindo, mentorias e conversas com pessoas mais experientes serão sempre determinantes para validar as suas escolhas profissionais.
Se você quiser fazer as mudanças necessárias na sua carreira mas não sabe por onde começar, ou gostaria de desenvolver as Soft Skills do futuro, mantendo-se em um ambiente de trabalho que lhe traga qualidade de vida, inscreva-se em uma das minhas mentorias para desenvolvimento de carreira.
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